Notícias

Consultas

19 out 2021

Com modelo sustentável, pecuarista pode receber R$ 91,50 a mais por cabeça

A Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) apresentará a conta no dia 22 de outubro, no Sindicato Rural de Campo Grande

Pecuaristas associados à Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), podem receber R$ 91,50 a mais por cabeça, por meio do Programa Carne Sustentável do Pantanal, do Governo de Mato Grosso do Sul.

A conta é uma simulação e leva em consideração uma vaca de 15 arrobas, nessa situação o pecuarista receberia um incentivo de R$ 112,50, repassaria R$ 21 a outras entidades e ainda colocaria no bolso R$ 91,50 (veja tabela abaixo).

s detalhes da conta serão apresentados em um jantar, no dia 22 de outubro, na sede do Sindicato Rural de Campo Grande. Os pecuaristas interessados em participar do evento, podem realizar inscrição gratuita no site www.srcg.com.br.

Os valores que os produtores recebem a mais por animal abatido são originados nos descontos do Imposto sob Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que o Governo do MS proporciona àqueles que se dedicam à produção de animais orgânicos e sustentáveis, recebendo isenção de 67% e 50% do imposto, respectivamente.

Fonte: ABPO

O mais comum entre os atuais associados da ABPO é a categoria de animais sustentáveis, que cumprem com as legislações vigentes e que tenham origem no Pantanal, e que podem ser terminados em fazendas certificadas fora da planície pantaneira.Já o orgânico, exige mais do produtor rural, uma vez que, além de sustentável, os animais não recebem medicamentos alopáticos em prevenções sanitárias e sua dieta deve ser baseada em pastagens naturais livres de defensivos químicos e adubos químicos solúveis, sendo vedado o uso de uréia e grãos transgênicos na suplementação.O secretário executivo da ABPO, Silvio Balduino, reforça que há suporte técnico para todas as etapas exigidas pelo protocolo e salienta que esse é um formato de pecuária moderna, que veio para ficar.

“Na pecuária, assim como em todas as outras atividades produtivas, econômicas e empresariais, a margem vem diminuindo muito ao longo dos anos, tivemos um aumento expressivo nos custos de produção, então, toda remuneração extra possível, é importante e contribui para que você tenha uma melhora na sua rentabilidade final. Por esse ângulo, o incentivo fiscal que o Governo do Estado oferece, se torna um diferencial importante, mas só ele não garante e não salva o produtor, ele precisa ter todo o processo bem delimitado, bem trabalhado dentro da sua propriedade, para que consiga se manter na atividade, de forma rentável”, diz Silvio.

Há exigências a serem atendidas para o Programa Carne Sustentável do Pantanal, por isso é recomendada a contratação de assistência técnica especializada, que inclusive foi uma exigência dos órgãos governamentais na resolução que normatiza o decreto estadual.

“O fio condutor do nosso protocolo contempla alguns elementos básicos. Entre eles, a rastreabilidade e origem dos animais e o processo de certificação por empresa de terceira parte. Faz-se um plano de manejo, de acordo com o protocolo da Carne Sustentável da ABPO, submete-se à certificadora, e após o processo de auditoria o produtor recebe um certificado que tem validade de um ano”, finaliza.

Entre outras questões exigidas pelo protocolo da ABPO, estão a regularidade trabalhista, a regularidade fiscal e ambiental e promoção do ambiente social, que tem por finalidade a valorização das comunidades rurais.

Fonte: Ascom ABPO