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30 ago 2019

Um panorama do mercado orgânico de cosméticos

Empresas clientes do IBD comentam sobre aceitação do consumidor, desafios e planos futuros

O Brasil ocupa, hoje, a terceira posição no ranking mundial do ramo de beleza e higiene pessoal. Temos um consumidor ávido em receber novidades e variedades de produtos de cuidado com a aparência. Este cenário se mostra bastante competitivo para as marcas da área. E uma tendência que tem crescido é a do cosmético orgânico.

Segundo dados da organização da Bio Brazil Fair e Natural Tech, a maior feira de negócios de orgânicos da América Latina, este mercado brasileiro de produtos orgânicos com alimentos e cosméticos movimenta mais de R$ 4 bilhões por ano, com crescimento anual médio de 20%.

No evento deste ano, o diretor executivo do IBD Certificações, Alexandre Harkaly, lembrou que o Brasil já conta com 19 mil produtores orgânicos. Logo, participar de grandes eventos dá ainda mais visibilidade para quem atua neste mercado segmentado e fortalece toda a cadeia de produção.

A Cativa Natureza, empresa pioneira em comercialização de cosméticos orgânicos no Brasil, relata a mudança no perfil de seu consumidor. “Principalmente por estarmos em uma crescente tendência de consumo consciente, com menor impacto ambiental e maior contato com a natureza, buscando cosméticos orgânicos e veganos como alternativa às formulações e seus riscos à saúde”, afirma Rose Bezecry, diretora da instituição.

Engajada com pesquisas de mercado desde 2011, a Almanati também percebe grandes mudanças na aceitação de produtos orgânicos. “Saímos de um cenário onde quase ninguém conhecia e hoje a todo momento tem pessoas procurando saber mais sobre as opções de produtos, sobre composição e performance”, comenta Maria José Viesi, fundadora da empresa.

Além disso, as seguintes empresas clientes do IBD também participaram da feira: Weleda, Organic4, Orgânico Natural, AhoAloe, Cativa Natureza, e Biowash.

 

O Perfil do Consumidor

 


LEGENDA: O perfil do consumidor tem mudado e os orgânicos têm ganhado cada vez mais espaço no mercado dos cosméticos. Créditos: FreePik

A tendência atual é de exigência em qualidade, compromisso com o meio ambiente e alimentação saudável. Os produtos vegano e o não ogm (organismo geneticamente modificado) também ganham cada vez mais força de demanda. Portanto, o perfil do consumidor consiste em quem pesquisa, lê rótulos, exige ações sustentáveis, é atento à segurança e benefícios de um produto antes de comprá-lo.

A ânsia por produtos novos é sempre presente, mas o mercado orgânico não deixa de acompanhar. Todas as empresas estão sempre lançando novidades no setor.

Uma grande nova ação da CATIVA é a da coleta das embalagens utilizadas por seus consumidores. Ao devolvê-las, os compradores ganham uma porcentagem em desconto. Isso possibilita a realização de um projeto ainda maior, com reutilização das embalagens e a elaboração de uma saboneteira feita 100% com plástico reciclado.

 

O Certificado IBD

 

Um ponto bastante interessante é como essas empresas veem a certificação do IBD. “Sempre entendi como uma escolha que traria padrão para o nosso P&D, e, além disso, nos proporcionou grande conhecimento da cadeia produtiva e do mercado. Para nós, os requisitos foram um norte na escolha de fornecedores e ingredientes”, comenta Maria José.

A certificação começa na escolha dos fornecedores e no tratamento com as manufaturas e segue até a percepção do consumidor ao olhar na embalagem um selo de compromisso. A garantia do IBD tem a ver com organicidade e eficácia do produto entregue, evitando resíduos e  tipos de matéria-prima indesejados, como parabenos, derivados de petróleo, como óleo mineral, silicone, conservantes sintéticos, e produtos formulados com matéria prima não ogm (transgênico), por exemplo. Portanto, um sinal de credibilidade e segurança.

O que tem confundido muito os consumidores são as empresas que se apresentam como Green Washing. Ou seja, trazem estratégias de marketing com características sustentáveis, mas não cumprem o que está destacado na embalagem. Algo que o selo do IBD pode ajudar a diferenciar.

“Acreditamos que o maior desafio seja conseguir conscientizar os nossos possíveis consumidores, por mais que a cultura do natural/orgânico esteja na ‘moda’ e em crescimento nos últimos anos, ainda sentimos muita dificuldade de fazê-los entender a importância da não utilização de produtos que contenham ingredientes agressivos à nossa saúde”, afirma Rose, em nome da Cativa Natureza.


LEGENDA: A Cativa Natureza prega o “Viva a Beleza Saudável”, onde cosméticos não agridem a saúde do consumidor nem a do meio ambiente. Crédito: Divulgação.

 

A relação com os Fornecedores

 

Quanto aos fornecedores deste setor, os números têm aumentado, mas ainda há bastante oportunidade de crescimento perto do interesse do consumidor. É necessário uma maior aproximação da empresa para entender as necessidades e as dificuldades de cada um. “Penso que trabalhar em redes seria um bom caminho pois muitos são pequenos produtores, então seria uma oportunidade para grupos de fornecimento. Estamos em constante busca de fornecedores certificados”, afirma Maria José.

 

Desafios

 

É importante ressaltar o bom crescimento no mercado de cosméticos orgânicos, mas pequeno em relação ao mercado tradicional. A Ecovia Intelligence, empresa especializada em pesquisa, consultoria e treinamento que se concentra em indústrias globais de produtos éticos, fez uma avaliação sobre este mercado.

Nela, o Brasil e toda a região sul-americana tornaram-se uma importante fonte de ingredientes orgânicos. Mas a participação de mercado para cosméticos desta ordem permanece pequena. Segundo sua pesquisa, a América Latina gera menos de 5% das receitas globais do nicho.

Apesar do potencial, ainda há algo a ser desenvolvido. Deve-se lembrar que faltam legislações próprias para o setor de cosméticos e produtos de limpeza orgânico e natural certificados.

O consumidor ainda não está totalmente consciente de seu potencial como determinador de novas tendências e não entende o custo mais elevado desses produtos, que trabalham com pequenos produtores e utilizam muitos mais produtos naturais. “Comparado ao mercado tradicional, caminhamos na contramão. Para exemplificar, na comparação de marcas convencionais em relação à composição dos produtos, nossas matérias-primas são 100% de origem natural, enquanto uma fórmula convencional pode ter menos de 5% de matérias-primas de origem natural, isso sem falar da procedência não orgânica, e o volume maior de matéria-prima de origem sintética”, ressalta Maria José, fundadora da Almanati.

 


LEGENDA: A Almanati promove um encontro com cuidado, sustentabilidade, consciência e respeito. Créditos: Divulgação.

 

Uma pesquisa muito interessante é a da Use orgânico, nomeada “A percepção dos consumidores brasileiros sobre cosméticos sustentáveis”. Segundo os dados, 64% dos participantes acreditam que cosméticos orgânicos são melhores que os convencionais.

O levantamento ouviu 1.517 pessoas de todas as regiões do país. Destes, 48% se sentem mais atraídos se a fórmula do produto indicar ingredientes naturais, e 21% deles dá mais valor a itens de beleza com menos aditivos químicos. E para 45% das pessoas desta pesquisa, produtos orgânicos são a solução para uma vida mais saudável e sustentável.

É assim que os orgânicos vão crescendo: utilizam matérias primas certificadas e, principalmente, são livres de agrotóxicos e aditivos químicos. Tais produtos sobem no conceito do consumidor, mesmo que ele jamais tenha utilizado quaisquer itens dessa procedência.

Para tirar quaisquer dúvidas e saber como obter os selos, acesse www.ibd.com.br, mande e-mail para ibd@ibd.com.br ou ligue para (14) 3811-9800.

 

Fonte: Assessoria de Impresa

 

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