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14 jul 2023

Consumo de orgânicos no Brasil reflete busca por alimentos saudáveis e sustentáveis

O movimento em direção a um estilo de vida mais saudável e sustentável está crescendo em todo o mundo, e o Brasil não fica atrás. Cada vez mais indivíduos estão optando por uma alimentação que seja benéfica tanto para o corpo quanto para o meio ambiente, e os alimentos orgânicos têm ganhado destaque nesse cenário. Uma pesquisa realizada pela Organis no primeiro semestre de 2023, com apoio da QIMA IBD, confirma essa tendência.

 

Pesquisa revela insights cruciais para impulsionar o mercado sustentável no Brasil

 

O estudo oferece uma visão abrangente sobre o mercado de alimentos orgânicos no Brasil. Além de quantificar o consumo desses produtos, a pesquisa busca compreender o perfil dos consumidores, identificar os elementos mais associados aos orgânicos, analisar os critérios de escolha, como embalagens, e investigar a disposição futura para consumir esses produtos. Com essas informações, será possível impulsionar o crescimento e a oferta de alimentos orgânicos, atendendo às demandas do público. 

O maior crescimento registrado foi na região Nordeste. Em 2021, a média de consumo de orgânicos era de 32%, posicionando-a como a terceira região com maior consumo. Porém, em 2023, houve um salto significativo para 45%, tornando o Nordeste a região com maior número de consumidores de alimentos orgânicos no país.

Um dado relevante revelou a idade do público cosumidor que evidenciou uma estabilidade no consumo entre os adultos.

Percepção dos consumidores sobre orgânicos

 

Entre os consumidores de alimentos orgânicos, a resposta mais comum foi a associação com frutas, legumes e verduras, com 42% das respostas. Em segundo lugar, veio a associação com termos como saudáveis e naturais, mencionados por 25% dos participantes. Em terceiro lugar, foi citada a relação com a saúde, com 22% das respostas.

Já entre os não consumidores de produtos orgânicos, a primeira coisa que veio à mente foi a associação com termos como saudáveis e naturais, mencionada por 31% dos participantes. Em segundo lugar, veio a associação com frutas, legumes e verduras, com 29% das respostas. A saúde foi mencionada em terceiro lugar, com um feedback de 15%.

A não utilização de agrotóxicos foi mencionada por 11% dos participantes em ambos os grupos, tanto consumidores como não consumidores de alimentos orgânicos. Já a qualidade de vida teve um índice de 14% entre os não consumidores de orgânicos e 3% entre os consumidores. 

Quando questionados sobre a comparação de preços entre produtos orgânicos e não orgânicos, a percepção foi significativa em ambos os grupos. Entre os consumidores de alimentos orgânicos, 83% afirmaram que esses produtos são mais caros. Já entre os não consumidores, essa estatística alcançou 87%. Esses resultados destacam a percepção comum de que os alimentos orgânicos tendem a ter um preço mais elevado em relação aos convencionais.

É interessante notar que, mesmo com a percepção de preços mais altos, 61% dos consumidores de alimentos orgânicos consideram que o valor justifica a escolha. Eles apontam diversos argumentos para respaldar essa percepção, como a produção livre de agrotóxicos, a qualidade do produto, o cuidado no cultivo, o custo envolvido na produção e o processo mais lento de cultivo. Esses fatores são fundamentais para esses consumidores, que valorizam os benefícios proporcionados pelos alimentos orgânicos e reconhecem o esforço e os cuidados adicionais necessários em sua produção.

Embalagens sustentáveis: o diferencial valorizado pelos consumidores de orgânicos

 

Ao explorar a importância do tipo de embalagem na decisão de compra, diversos pontos foram levantados pelos participantes. Entre os consumidores de alimentos orgânicos, 50% consideram que o tipo de embalagem é um fator decisivo, levando em conta a preocupação com a saúde e o meio ambiente. Esses consumidores valorizam embalagens que não sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, buscando opções que possam ser recicladas, retornáveis ou que possuam logística reversa.

Por outro lado, entre os não consumidores de alimentos orgânicos, apenas 28% consideram esses pontos relevantes na decisão de compra. Isso indica uma menor sensibilidade em relação ao impacto do tipo de embalagem na saúde e no meio ambiente.

Uma tendência duradoura e crescente no consumo consciente

 

A conscientização em relação aos alimentos saudáveis não é algo recente, conforme revelado pelos dados da pesquisa. Um expressivo grupo de participantes, correspondendo a 43%, afirma consumir alimentos orgânicos há mais de cinco anos. Outros 38% aderiram ao consumo de orgânicos nos últimos um a cinco anos, indicando uma tendência crescente nesse período. Além disso, 19% dos participantes relatam consumir alimentos orgânicos há menos de um ano, demonstrando um aumento no interesse recente por essa categoria de produtos. Esses números evidenciam a consolidação e a ampliação do hábito de consumo de alimentos saudáveis ao longo do tempo.

Os resultados obtidos na pesquisa são um convite para que consumidores, produtores, varejistas e governantes se engajem ainda mais nesse setor em constante crescimento. Aprofundar o envolvimento nessa área é essencial para impulsionar a oferta e a demanda de alimentos orgânicos, atendendo às necessidades de um público cada vez mais consciente e preocupado com uma alimentação saudável e sustentável. 

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