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08 mar 2022

Na Paraíba, Fazenda Tamanduá resgata tradição do Arroz Vermelho

Bendito aquele que produz alimentos, que trabalha a terra com amor e esperança. Bendito quem sacia a fome da humanidade, e baseado nas justas relações entre homem e Natureza torna a sociedade melhor. A produção de alimentos orgânicos e biodinâmicos é uma prática permeada de carinho, esforço, espiritualidade. É um modo de enxergar o Universo e é também uma missão de vida.

Assim acontece com Pierre Landolt e a Fazenda Tamanduá, que no sertão da Paraíba resgatou o plantio do arroz vermelho e introduziu o arroz negro, e contrariando todas as expectativas transformou num oásis a terra seca e alquebrada. Aliando conhecimentos milenares dos povos nativos e asiáticos às mais modernas práticas e pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, a Fazenda Tamanduá comercializa a preços justos e vende para todo o país um produto cuja história faz parte da própria história da humanidade, desde a antiga China, passando pela colonização brasileira e nordestina, até desembocar na contemporaneidade seletiva e saudável deste início de século 21.

Vamos conhecer melhor esta epopeia que nos entusiasma e fortalece, cujo patrono é um homem simples, idealista e apaixonado pelo Brasil.

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Pierre Landolt, o visionário do sertão.

Fazenda Tamanduá, perguntas & respostas

Apresente-nos a Fazenda Tamanduá.

Pierre — A Fazenda Tamanduá, é localizada a 7°S do Equador, no sertão da Paraíba, com uma vegetação de caatinga e o seu regime de chuvas muito peculiar, alternando oito meses de seca e quatro de chuvas. Hoje com 3.000 hectares, ela começou com o antigo proprietário que juntou 13 terras de minifúndios, oriundos da herança de Pedro Rodrigues que tinha uma das mais importantes fazendas da região. Até hoje grande parte dos meus vizinhos tem o sobrenome Rodrigues. Apaixonado pelos mercados de nichos e produtos originais, o objetivo inicial era a cultura de algodão mocó de fibra longa, trabalhando em parceria com a secretaria estadual de agricultura para produção de sementes. Arbustivo, altamente resistente à seca, perene com ciclo de cinco anos evitando deste modo o corte anual da terra, preservamos assim o solo raso da erosão das chuvas, sol e vento, com um belo mercado diferenciado.

Aprendi aqui que o sistema tradicional de produção no sertão era o binômio gado/algodão. Folhas depois da colheita nos momentos mais secos e rica torta produzida em cooperativas locais. Além de ter leite ou carne este trazia esterco, sistema para os solos, premonição do sistema biodinâmico ensinado por Rudolf Steiner… Aumentamos o nosso plantel de gado pardo suíço, já existente na região, reconhecido pela a sua rusticidade. Adquirida em 1977 conheci o meu primeiro ciclo de seca entre 1979 e 2004, duro ensino da realidade nordestina. A cultura do algodão não sobreviveu a esta seca, principalmente quando no fim deste período chegou o bicudo, anthonomus grandis, com as sementes de algodão anual importadas do Sul para tentar a ressurreição do ciclo do “ouro branco”. Do nosso lado, procurando soluções viáveis para conviver com estes ciclos e culturas valorizadas, iniciamos o plantio de mangueiras enxertadas irrigadas, das variedades Tommy Atkins e Keitt, com 30 hectares somente por causa da limitação da disponibilidade de água.

Optando pela agricultura e pecuária biodinâmicas.

Pierre — Em 2009 resolvemos partir para um sistema de produção totalmente diferente, a agricultura e pecuária certificada biodinâmica. A Fazenda Tamanduá tornou-se um organismo agrícola, com atividades diversificadas, inclusão do animal no vegetal, reciclagem de todos os produtos, procurando a auto suficiência trabalhando com compostos para fertilizar e melhorar os nossos solos com matéria orgânica, com alimentação bovina e caprina produzida aqui, polinizando a fazenda com forte presença de abelhas apis mellifica, com multiplicação de sementes de sorgo, aplicação de preparados biodinâmicos nas áreas cultivadas. O mercado dos orgânicos, a nossa aposta, cresceu tanto na Europa como no Brasil e a demanda para esses produtos também. Exportando rapidamente manga in natura e polpa pasteurizada congelada, bem como recentemente melões, alimentando também o mercado interno. Depois de ter produzido queijos orgânicos vendidos no Brasil todo, devido à complexidade cada vez maior e insustentável do SIF para pequenos produtores como nós, mudamos o nosso sistema de criação bovina e caprina.

Aproveitando a localização da Fazenda na região que possui a maior insolação do Brasil, implantamos a produção de spirulina biodinâmica, grande passo para a sustentabilidade econômica da Fazenda com produção diária e não mais por safra. A sua qualidade é louvada no Brasil todo. A preservação ambiental nos levou a criar em 2000 a maior RPPN do alto sertão com mais de 350 hectares de terra protegida, bem como a realizar com cientistas e biólogos pernambucanos um inventário da fauna e da flora local. Graças a esta ação, a Fazenda Tamanduá assinou um convênio com o IBAMA e a PM Ambiental para soltura de animais apreendidos. Hoje estamos montando também em parceria com a UNIFIP uma unidade de recuperação de animais machucados antes da soltura. Com a UNIFIP temos uma parceria para ensinar a pecuária orgânica bem como os tratamentos para a fauna nativa aos seus alunos.

Junto à equipe do Ibama, soltando uma Coruja Rasga Mortalha.

Como é o cotidiano rural?

Pierre — As atividades na fazenda variam muito em função da estação. Depois de ter mudado nosso sistema de produção em 1977, passando do estatuto de meeiro ao assalariado com carteira assinada (que foi muito bem aceito já que oferece uma segurança na renda, deixando de depender do clima/tempo e se endividando com o dono da terra), o primeiro passo foi de ensinar a respeitar os horários e para isso presenteei boa parte dos colaboradores com um relógio de plástico Swatch. Hoje tem até relógio de ponto…

O trabalho começa às 7h00 com uma breve reunião na oficina mecânica com Flávio (agrônomo, meu braço direito) e os tratoristas para definir melhor as tarefas do dia. Durante a estação das chuvas: Choveu? Quantos milímetros? Dá para preparar o solo e plantar sem atolar? No baixio ou nos altos? Sorgo ou pastagem? Roçar o pomar de mangas para deixar uma palhagem protetora no solo? Produção do composto? Com os trabalhadores rurais: Poda das mangueiras? Destoca de áreas a serem plantadas? Trituração dos galhos de jurema e mangueira, fonte de carbono do composto? Limpeza do curral para o nitrogênio do composto? Limpas do canteiro de plantas destinadas aos preparados biodinâmicos? Depois, escritório, onde planejamos as diversas ações dos próximos dias e semanas, e decidimos compras a serem efetuadas. Frequentemente vou para a cidade de Patos (localizada a quinze quilômetros) para efetuar diversos contatos institucionais ou amigáveis. À tarde, de moto, visitamos as diversas áreas onde o trabalho está sendo efetuado. No fim da tarde visita no curral com um bom papo com os vaqueiros.

Porque plantar arroz no sertão paraibano?

Pierre — Parece surrealista produzir arroz no sertão onde a seca domina a região… Nos anos 1980 as autoridades federais e estaduais realizaram um perímetro irrigado perto de Sousa, o PIVAS (Perímetro Irrigado Várzeas de Sousa), graças à construção de um canal vindo do complexo de açudes Coremas/Mãe d’Água. Situado a 100 quilômetros da fazenda não achamos viável entrar nessa área. Porém um governador insistiu em trazer a Tamanduá como empresa âncora para divulgar técnicas orgânicas, e adquirimos um lote lá. Destino: ovino, cultura de corte e arroz, fruticultura com romã e goiaba, além de ser apoio com produção de silagem de sorgo e feno. Construção da rede de água para as marrachas e começamos logo com arrozes diferenciados, vermelho/castanho em primeiro, resgatando a história dessa cultura no Nordeste do Brasil. Este foi o primeiro arroz trazido da China pelos portugueses. Começamos com José Almeida Pereira, pesquisador da Embrapa Meio-Norte, uma colaboração muito interessante e positiva, testando inúmeras novas variedades da Embrapa num cultivo orgânico, além de troca de experiências e aprendizagem. O desafio de Almeida era reunir todas as sementes de arroz vermelho espalhadas no Nordeste e realizar uma semente moderna, mais precoce e de porte menor que possibilitasse a colheita ser mecanizada. Conseguiu.

Almeida trouxe também sementes de arroz negro, parecido com o “arroz selvagem”, que não é o oryza sativa, a serem testadas e desenvolvidas num sistema biodinâmico. O mercado teve aceitação imensa para essa variedade e estamos hoje nos concentrando nela. Devido a uma má gestão das águas do manancial Coremas/Mãe d’Água o PIVAS ficou sem água durante vários anos, arruinando perto de 190 pequenos produtores de coco e banana e desequilibrando todo o programa desenvolvido com Almeida. Perdemos 50 hectares de romã, 30 de goiaba e 10 de coco. Abandonando a ovinocultura também. Em 2021 a situação da água se normalizou e retomamos o trabalho com o arroz, replantando sementes cujo poder germinativo tinha sofrido muito. Estamos trabalhando com Almeida numa nova variedade de arroz negro muito promissora. Este ano testamos uma técnica milenar de cultivo do arroz, consorciando-o com a azola, fábrica de nitrogênio, sem entrar em competição como arroz e sombreando, evitando assim o nascimento das ervas espontâneas.

Arroz Negro germinado para plantio a lance.

Qual o grande diferencial dos produtos da Fazenda Tamanduá?

Pierre — Ao comer um produto da Fazenda Tamanduá você tem a garantia certificada de ter um alimento de alta qualidade nutricional, isento de qualquer resíduo químico, produzido num ambiente natural preservado e respeitando os colaboradores e os ciclos naturais. Produtos hoje todos certificados biodinâmicos pelo IBD (Instituto Bio Dinâmico): manga in natura, manga pasteurizada congelada; mel de diversas floradas, própolis; spirulina em pó, comprimido e cápsula; melão in natura e suco congelado; arroz negro e castanho, farinha de arroz; queijo com selo Arte; reprodutores e fêmeas bovinas da raça Parda Suíça; caprinocultura de corte com as raças Parda Alpina e Boer.

Porque a opção orgânica e biodinâmica?

Pierre — Vivendo e trabalhando num ambiente complicado com os ciclos de seca, solos rasos, erosão das chuvas, vento e sol, precisávamos de um processo de produção que estivesse em perfeito acordo e sintonia com a natureza e os ciclos das estações, aproveitando todos os recursos disponíveis da melhor maneira. Além de valorizar economicamente a produção com a certificação, que permite o acesso a um mercado premium, e consumidores amigos preocupados com sua saúde.

Quais os desafios de produzir alimentos saudáveis e regenerativos?

Pierre — O maior me parece a produtividade. Podemos avaliar a perda de produtividade em relação aos convencionais em 30% em média, deixando os produtos orgânicos naturalmente mais caros, se destinando a uma elite. Temos que diminuir os custos para que cheguem no prato de todos, a preços acessíveis. Precisamos encontrar meios de produzir mais respeitando a nossa visão e isso pode ser obtido através de pesquisas sobre adubação e compostagem. A azola, por exemplo, depois de secar as marrachas e incorporada, traz de 45 a 75 quilos de adubação nitrogenada. A compostagem trazendo adubo e melhorando o solo com matéria orgânica é capital nesse processo. Se a EPAMIG realizou um belo trabalho com a azola, seria muito importante juntar essas pesquisas todas num organismo só, para dar mais acesso a essas tecnologias, do que estes trabalhos isolados e tão importantes para o futuro do setor e a saúde de todos.

A Fazenda Tamanduá é aberta à visitação pública?

Pierre — Óbvio! O que eu chamo o “olhar de fora” é capital para avançar ouvindo com humildade perguntas e dúvidas in loco. Estamos organizando dias de campo, mas não o suficiente…

Como as pessoas podem contatá-lo e adquirir o arroz produzido na Fazenda Tamanduá?

Pierre — A produção está retomando só agora por causa desta falta d’água mencionada acima. Primeira safra acabada e beneficiada. Está chegando no mercado. Via internet e-commerce do nosso web site www.fazendatamandua.com.br que contém muitas informações interessantes e foi reinventado há menos de uma ano. Em certas lojas também e poderei lhes comunicar nomes.

Um momento de sua existência que ficou na memória.

Pierre — A paciência dos colaboradores para aprender e entender, bem como o carinho deles quando cheguei e mudei muitas coisas, me impressionou. A saída do meu querido vaqueiro Severino, amigo dos meus filhos também, para se aposentar, representou uma página da história da Fazenda que se virava. A nova geração e parte dos filhos dele (teve onze) continuam trabalhando comigo, mas perdi a proximidade que tinha, trocando ideias e aprendendo com humildade de ambas as partes.

Importação (da Suíça) de Gado Pardo Suíço, por via aérea, com a esposa Catherine e o vaqueiro Severino / 1979.

Pierre — Acredite na agricultura e pecuária orgânica e biodinâmica, confie nessas pessoas que lutam diariamente para garantir a sua saúde e um meio ambiente preservado, respeitando a vida dos homens e o bem-estar dos animais.

O que é Arroz Vermelho?

José Almeida Pereira *

O arroz vermelho, pertencente à mesma espécie do arroz branco (Oryza sativa L.), muito embora sendo o arroz mais antigo em cultivo no mundo e o primeiro introduzido no Brasil, somente nos últimos anos começou a ser estudado no país. A designação “vermelho” é uma alusão à coloração do seu pericarpo (a camada superficial do grão situada logo abaixo da casca) a qual pode variar desde o vermelho claro até o vermelho escuro. É a cor característica dos grãos de todas as espécies pertencentes ao gênero Oryza L., que são divididas em três tipos: arroz-silvestre, arroz espontâneo ou daninho e arroz cultivado.

A origem do arroz vermelho se confunde com a própria origem desse cereal. Uma curiosa evidência a respeito do assunto é encontrada numa das mais belas lendas ainda correntes na Ilha de Bali, Indonésia. De acordo com a mitologia do Catur Bumi, o Deus Shiva enviou por intermédio de um pássaro quatro sementes coloridas de arroz para serem entregues e semeadas pelo homem, sendo uma amarela, uma vermelha, uma preta e uma branca. Ao longo do percurso, ao sentir fome, o pássaro resolveu comer a semente amarela e, assim, chegou ao seu destino conduzindo somente os outros três tipos de arroz. Os balineses acreditam até hoje que é por isso que o arroz vermelho, o preto e o branco são o alimento básico do povo daquela ilha.

“Arrozal”, Cândido Portinari.

Em todo o hemisfério ocidental, o Brasil é o país onde a cultura do arroz vermelho exerceu e continua exercendo maior expressão. As primeiras sementes foram introduzidas na Bahia antes do ano de 1587, provenientes da Ilha de Santiago, no arquipélago de Cabo Verde. Esse arroz teria sido plantado em Valença, na então capitania de Ilhéus, em área desmatada para extração de madeira visando a construção de navios para a armada real portuguesa, contudo só passou a ter maior importância a partir do século 17, na capitania do Maranhão. De acordo com autores maranhenses, o arroz vermelho foi trazido para o Maranhão pelos açorianos, quando vieram colonizar a região Norte do Brasil, logo se tornando conhecido entre os agricultores e consumidores como arroz-da-terra e arroz-de-veneza.

Com a criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, no ano de 1755, o seu administrador em São Luís, capitão José Vieira da Silva, dez anos depois, introduziu de Portugal um pequeno volume de sementes de arroz branco, conhecido como ‘arroz-da-carolina’, o qual, por sua vez, havia sido levado da Itália para a Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e começava a ser exportado para a Europa. Esse novo tipo de arroz acabou também tendo excelente adaptação às condições de clima e solos do Maranhão e, a partir daí, a coroa portuguesa passou a priorizar a sua produção, em razão da preferência exercida pelos consumidores lusitanos. Com isso, o arroz vermelho foi se transformando em uma cultura marginal, ao ponto de ter oficialmente proibido o seu cultivo no ano de 1772 e, inclusive, chegando a culminar com castigos severos para quem insistisse em desobedecer àquela determinação governamental. Com tal proibição, que perduraria por mais de um século, o arroz vermelho acabou praticamente desaparecendo do território maranhense e do restante do Norte do Brasil e migrando para outras regiões da Colônia, onde jamais haveria restrição ao seu cultivo, apesar das condições de clima e de solos serem menos favoráveis do que as várzeas do Maranhão. Em parte, como consequência dessa dispersão, a produção de arroz vermelho no Brasil terminou concentrada na região Semiárida do Nordeste, sobressaindo, pela ordem decrescente de importância, os Estados da Paraíba (Vales do Rio Piancó e do Rio do Peixe) e Rio Grande do Norte (Vale do Rio Apodi).

“Campo de Arroz”, Cândido Portinari.

Mas, ainda que tendo pequena expressão, esse tipo de arroz continua sendo plantado por pequenos agricultores dos Estados do Ceará (município de Caridade), Pernambuco (municípios de Serrita e Floresta), Bahia (Chapada Diamantina e Campo Formoso) e Minas Gerais (municípios de Itacambira, Piranguinho e Orizânia). Em todas essas áreas, a preferência pelo arroz vermelho está relacionada ao hábito alimentar das populações, mas o referido arroz, a exemplo do que se verificou nas outras partes do mundo, vem experimentando um declínio acentuado na sua área plantada e, certamente, um acelerado processo de erosão genética. Tais fatos podem ser atribuídos à migração das populações rurais para os centros urbanos, à mudança de hábitos dos consumidores e à forte concorrência com o arroz branco. No que se refere à superfície atualmente plantada, inclusive nas regiões mais tradicionais de cultivo do país, os dados indicam uma drástica redução durante os últimos 50 anos.

“Batedores de Arroz”, Cândido Portinari.

As variedades de arroz vermelho plantadas atualmente no Brasil são derivadas das primeiras introduções feitas ainda no início da colonização e foram selecionadas ao longo do tempo pelos próprios agricultores. Constituem, portanto, o resultado de transformações ocorridas na natureza, devido a cruzamentos naturais e a mutações, e dessa forma são variedades que adquiriram características únicas em cada microrregião geográfica onde passaram a ser cultivadas. Devem, assim, ser provenientes de poucas introduções feitas no passado distante e ter originado formas interessantes que se perderam em função do processo erosivo.

José Almeida Pereira é engenheiro-agrônomo, Mestre em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina (PI). Texto escrito em parceria com Orlando Peixoto de Moraes para o livro “As Variedades de Arroz Vermelho Brasileiras” (2014).

Arroz Negro.

Autor: Eduardo Waack